A arquitetura na Puglia é um mix de influências que construiu igrejas, catedrais e castelos.

Os dois estilos predominantes na arquitetura na Puglia (Apúlia), no sul da Itália, são o Românico Pugliese e o Barroco Leccese. Os castelos de defesa tiveram o Imperador Frederico II como o seu maior expoente. Enquanto as masserias e os muros secos de pedra compõem a arquitetura do campo.

 

Roteiro de 5 dias na Puglia – Salento - Lecce - barroco

Românico Pugliese e Barroco Leccese

O românico pugliese é um estilo nativo, mas com influências nórdicas e bizantinas. Depois do Grande Cisma da igreja, em 1054, decidiu-se diferenciar as igrejas romanas, com grandes estruturas, das pequenas igrejas bizantinas. A Basilica di San Nicola, em Bari, talvez seja o exemplo mais importante de uma série de catedrais e igrejas da Terra di Bari, por exemplo as de Trani, Conversano e Bitonto. Curiosamente algumas cúpulas são heranças bizantinas, por exemplo, o Duomo di Molfetta.

Embora a Cattedrale di Altamura, que mistura o românico com gótico, tenha sido a única igreja construída pelo Frederico II do Sacro Império Romano-Germânico, foi no século XIII, que o Imperador manteve a ideia normanda de defesa do território e criou um sistema de castelos clássicos e geométricos, que posteriormente foi modificado sob as dinastias da Casa de Anjou, da Coroa de Aragão e dos espanhóis, por exemplo, o Castel del Monte, em Andria, e os castelos de Barletta e Trani.

Na segunda metade do século XVII, principalmente, de forma decorativa e arquitetônica o Barroco Leccese feito com a pedra local tomou conta da Terra de Otranto. Certamente Lecce, a Florença do Sul, é a cidade do barroco e a Basilica di Santa Croce é a sua grande ópera. Todavia o estilo é presente também em muitas outras cidades do Salento, por exemplo Nardò e Gallipoli.

 

Torres e Masserie

As torres de observação foram construídas em pontos estratégicos ao longo da costa, principalmente, após os ataques dos sarracenos, em Otranto. Estrutura quadrada, mas com tronco piramidal e janelas laterais, cada torre podia se comunicar com sinais de fumaça ou fogo com, pelo menos, duas outras torres.

Isoladas no campo e autosuficientes, as masserie eram destinadas a agricultura e a pecuária. Algumas fortificadas com torres possuíam também pátios, galerias, moinhos e capela. Hoje, muitas masserie foram restauradas e tornaram-se agriturismos e restaurantes.

Junto com as masserie os muros secos de pedra são um outro exemplo da arquitetura rural. Construídos com pedras encaixadas, umas sobre as outras, sem o uso de qualquer tipo de argamassa, os muros secos foram inseridos na lista do Patrimonio Cultural Imaterial da Unesco como uma técnica antiga e autêntica que testemunha a relação entre o homem e a natura.